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Onde tipicamente reside o problema?

Particularidades do negócio

É muito difícil criar um modelo genérico de valuation que sirva para qualquer contexto. Então, não há modelo genérico.

Processo de criação do modelo

A construção de um modelo é complexa e trabalhosa, e normalmente fica a cargo de profissionais não sêniores.

A área financeira não possui como prática um processo de escrutínio como, por exemplo, o encontrado em projetos de engenharia, onde vários profissionais são sistematicamente envolvidos em detalhes do trabalho.

Teoria financeira ainda incipiente

Há muitas dúvidas, nuances de interpretação e resultados teóricos que não são comprovados no mundo real.

Muitas vezes o analista fica inseguro sobre como proceder.

A realidade brasileira é diferente de pressupostos teóricos

No Brasil muitas coisas são diferentes. Pergunte ao seu analista se o modelo dele trata de lucro presumido, Juros Sobre o Capital Próprio e débito e crédito de tributos, espelhando a complexidade tributária brasileira.

A resposta provável é que não trata disso porque o modelo é uma simplificação. Sim, mas simplificações desse tipo podem mudar a valoração em 10%, 20% ou mais de 100% dependendo do caso. Faz sentido ficar atento a isso.

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Exemplos de problemas encontrados

Reconhecimento acadêmico do problema

Há inúmeras referências bibliográficas que exploram erros típicos encontrados em vários processos e métodos de valuation.

O professor Pablo Fernández do IESE é talvez a principal referência no tema e aponta dezenas de erros usuais encontrados em valuations.

Exemplo de caso internacional

Um dos casos mais reconhecidos de erros de valoração é encontrado na fusão AOL-Time Warner nos EUA.

Exemplo de caso brasileiro

No Brasil, a compra do Banespa pelo Banco Santander criou uma crise profunda numa reputada empresa de consultoria.

No mesmo processo, o banco de investimentos que assessorou o Santander abriu mão de seus honorários de aproximadamente USD 40 milhões.